José Gonzaga
Poesia é tua boca
O teu seio, maresia
Teus esses, a essência do explendor e fantasia
Em meus sonhos, surreal
Ao me ver, tão fugidia
Mas teus olhos me atraem, magnética sinfonia
Teu corpo é violino de natural maestrial
A natureza te fez para minha doce agonia
Poeira-cósmica de galáxias, És espectro do desejo
O universo por teu beixo, musa de cristal
Partículas químicas, em milhões de anos, talvez
Deram-te vida em formas sinuosas sem igual
Tempestade-nebulosa, és canção do meu dia
Limiar universal de tudo em que há sentido
Pois sem ti apenas o vazio é sentido
Pelo próprio lirismo extasiado em tua figura enigmática
Menina super-nova, és a diáfana explosão da maiêutica
Cataclisma da lógica pura que me guia
Ebulição dos vulcões no sistema-límbico
Pane no esquema dos corações
Nenhuma eqüacão decifra teus filamentos neurais
Corrente de pensamento ao poema te traz
Quais os critérios para a tua real conquista?
Dê-me uma pista para o que te abrasas o ser!
O amante que te abraça eu queria ser
Mas não sei se poderei te conhecer
Nada mais sinto, sou sintagma a fenecer