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Sinfonia magnética

por

José Gonzaga

Pacoti, Brasil

Poesia é tua boca

O teu seio, maresia

Teus esses, a essência do explendor e fantasia

Em meus sonhos, surreal

Ao me ver, tão fugidia

Mas teus olhos me atraem, magnética sinfonia

Teu corpo é violino de natural maestrial

A natureza te fez para minha doce agonia

Poeira-cósmica de galáxias, És espectro do desejo

O universo por teu beixo, musa de cristal

Partículas químicas, em milhões de anos, talvez

Deram-te vida em formas sinuosas sem igual

Tempestade-nebulosa, és canção do meu dia

Limiar universal de tudo em que há sentido

Pois sem ti apenas o vazio é sentido

Pelo próprio lirismo extasiado em tua figura enigmática

Menina super-nova, és a diáfana explosão da maiêutica

Cataclisma da lógica pura que me guia

Ebulição dos vulcões no sistema-límbico

Pane no esquema dos corações

Nenhuma eqüacão decifra teus filamentos neurais

Corrente de pensamento ao poema te traz

Quais os critérios para a tua real conquista?

Dê-me uma pista para o que te abrasas o ser!

O amante que te abraça eu queria ser

Mas não sei se poderei te conhecer

Nada mais sinto, sou sintagma a fenecer

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